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Estudantes Indígenas da Educação do campo UFSC promovem evento do Espaço do fogo em territótio destinado a construção da moradia Indígena específica.

27/05/2025 22:48

Estudantes Indígenas da Educação do campo UFSC em conjunto promove evento Cultural do espaço do Fogo, com objetivo de dar visbilidade e demarcar território destinado a construção da moradia estudantil indígena especifica cujo o

Projeto de moradia estudantil indígena da UFSC vence concurso de arquitetura. Notícia completa…

O projeto de Moradia Estudantil Indígena da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi o vencedor do concurso promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de Santa Catarina (IAB-SC), nas categorias “Edificações e Projetos”.

A proposta foi reconhecida por respeitar as particularidades culturais dos povos indígenas e deve ser executada em breve.

Segundo a universidade, essa será provavelmente a primeira moradia universitária do Brasil com um projeto arquitetônico voltado às especificidades culturais das etnias indígenas. O edifício terá capacidade para 156 estudantes, com dormitórios flexíveis, áreas de uso coletivo, cozinhas, sala de estudos e centro de organização estudantil. Atualmente, os indígenas da UFSC vivem na Ocupação Maloca e alojamento estudantil indígena da UFSC ambos ao lado do Restaurante Universitário em meio a grande universidade federal de santa catarina.

O evento realizado no local onde será feita a construção da moradia estudatil indigena da UFSC, tambem é um espaço sagrado que se destaca — a fogueira, acesa com reverência que simboliza força, união e a continuidade da vida. Conhecida por muitos povos indígenas como o “Espaço do Fogo”. Para os povos indígenas, ela representa a ligação entre o mundo físico e o espiritual. Ao redor dela, anciãos contam histórias, jovens aprendem os ensinamentos da tradição e todos compartilham alimentos, músicas e saberes — gestos simples que reafirmam a coletividade e os fortalecendo. Segundo lideranças presentes, o fogo é considerado um espírito vivo, que aquece, purifica e guia. O ato de sentar-se ao redor da fogueira é um convite ao silêncio interior, à escuta ativa e ao reencontro com a essência.

“O fogo ensina. Ele queima o que é desnecessário e ilumina o que é essencial”. Além do simbolismo espiritual, o espaço de fogo também é benéfico para o corpo e a mente. Para a comunidade indígena os momentos ao redor do fogo reduzem o estresse, promovem o equilíbrio emocional e fortalecem o senso de pertencimento. Respirar o ar quente da fogueira em ambiente natural, ouvir os estalos da madeira e ver a dança das chamas induz estados de calma e contemplação, aquietação da alma e espirito. A confraternização termina, mas o fogo não se apaga por completo. Uma brasa é mantida, cuidadosamente, como símbolo da continuidade e da memória coletiva. Porque, para o povo indígena, enquanto houver fogo aceso, haverá vida, resistência e esperança.

 

 

 

 

 

 

 

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Tags: comunidadeindígenaespaçodofogoufsccomasaldeias

Protagonismo Indígena nesta 5° Edição do EREI-SUL – Encontro Regional dos Estudantes Indígenas da região Sul

10/02/2025 19:24

A 5ª edição do EREI-SUL foi um verdadeiro marco no fortalecimento da presença indígena nas universidades federais e na construção de um ambiente acadêmico mais inclusivo. Com a participação ativa de estudantes, lideranças, professores e membros da reitoria da UFSC, o evento reforçou a importância do diálogo, da valorização das culturas indígenas e do compromisso com a implementação de políticas públicas que atendam às necessidades dessas comunidades. Cada atividade, desde as exposições de artesanato até os debates e o desfile, mostrou que o EREI-SUL é, sem dúvida, um espaço fundamental de celebração, resistência e afirmação da identidade indígena.

Neste Encontro Regional dos Estudantes Indígenas da Região Sul (EREI-SUL), realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), contou com uma linda cerimonia de abertura, realizada por estudantes indígenas e Lideranças, um evento de grande importância para o fortalecimento da presença indígena no meio acadêmico, a integração de diferentes expressões culturais e políticas foi uma das marcas mais importantes. Diversas atividades fizeram a diferença, reforçando o compromisso da universidade com a inclusão e valorização das culturas indígenas.

Exposição de Artesanatos e as Riqueza das Tradições

O evento contou com a ilustre presença da anciã e sua benção no evento, que começou maravilhosamente linda, com uma grande exposição de artesanatos indígenas, com peças que encantam pela diversidade e pelos significados culturais que carregam.

 

 

Os visitantes puderam conferir desde trabalhos em madeira de animais talhados a mão, cestarias, bordados, cocas, colares e brincos, todos feitos à mão com técnicas ancestrais passadas de geração em geração.

A venda de artesanato também aconteceu, além de apoiar a sustentabilidade das comunidades, foi também uma oportunidade de aprender sobre o cotidiano e as tradições indígenas de várias etnias.

 

 

 

 

 

 

Debates sobre Políticas Públicas para Comunidades Acadêmicas Indígenas

O espaço para debates foi outro ponto alto do EREI-SUL, com palestras sobre políticas públicas voltadas para a comunidade acadêmica indígena nas universidades federais, que envolviam a atuação das lideranças indígenas na implementação das politicas de ações afirmativas e a importância da presença da mesma durante o processo formativo de estudantes indígenas no contexto do ensino superior.

A presença de representantes das universidades demonstrou interesse em ouvir e apoiar as necessidades dessas comunidades, tanto no que se refere à permanência nas universidades quanto ao respeito à sua cultura e identidade. As discussões abordaram temas como cotas, programas de assistência estudantil, apoio psicológico e a implementação de práticas culturais dentro do ambiente acadêmico, destacando as demandas urgentes para a inclusão real dos indígenas nas universidades.

Reitoria da UFSC e Lideranças Indígenas: Diálogo e Respeito

O evento contou com a presença da reitoria da UFSC, que marcou sua presença não só com palavras de incentivo, mas também com compromissos de estreitar o diálogo com as lideranças indígenas.

Em uma mesa de diálogo entre reitoria e lideranças indígenas, houve uma troca rica de experiências, com as lideranças enfatizando as principais questões que afetam seus povos, como o acesso à educação superior e a preservação de suas culturas no ambiente acadêmico que envolveram o tema racismo, discriminação e o impacto do colonialismo sobre a saúde mental dos estudantes indígenas no contexto universitário e dos jovens indígenas dos territórios.

Esse espaço foi fundamental para reforçar a importância do respeito mútuo e a construção de soluções conjuntas para os desafios enfrentados pelas comunidades indígenas nas universidades, que envolviam a luta das mães e pais indígenas universitários pela permanência e do direito das crianças em todos os espaços da universidade .

 

Oficina de Grafismo: Arte como Expressão Cultural

A oficina de grafismo foi outro momento emocionante do evento. Nela, os participantes puderam aprender sobre a arte tradicional indígena, conhecida por suas simbologias e significados profundos, que refletem a cosmovisão e as histórias de cada etnia.

 

 

 

 

 

 

 

Os alunos e visitantes tiveram a oportunidade de se envolver com os processos criativos indígenas, produzindo grafismos inspirados na tradição, além de entender o impacto dessa arte para a preservação das memórias coletivas.

O Desfile dos Indígenas, da Mais Bela e Mais Belo: Beleza e Cultura

Com muita beleza e cultura, o desfile da “Indígena Mais Bela e do Indígena Mais Belo” foi um momento de celebração da identidade indígena, onde os participantes exibiram suas roupas tradicionais e se orgulharam de suas culturas, quebrando estereótipos e mostrando ao público a diversidade e a força dos povos indígenas.

 

 

 

O evento não se tratou apenas de um desfile de moda, mas de uma reafirmação de orgulho e resistência, com os jovens participantes exaltando sua herança cultural, O evento também contou com apresentações de Artistas Indígenas que por fim fechando a programação com o espaço do fogo afim de trazer força e união da comunidade indígena, por seu significado profundo, sagrado do cotidiano, que envolve cura, celebração, purificação, sabedoria e renovação, símbolo da Força e Resistencia Indígena.

 

 

Tags: ufsccomasaldeias

CEPAGRO e Estudantes Indígenas Inauguram Horta Sustentável no Alojamento Estudantil Indígena da UFSC

21/12/2024 20:05

Nesta quinta-feira(19) de Dezembro, foi realizada a construção de uma horta no alojamento indígena da UFSC em parceria com estudantes e a CEPAGRO – Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo. O esforço coletivo movimentou cerca de 1 tonelada de materiais que  incluem compostos e cepilho, além do plantio de mais de 100 mudas e sementes com muitas mãos trabalhando juntas.

       

 A iniciativa marca uma importante aproximação com os mais de 200 indígenas de diferentes territórios e etnias que hoje fazem parte da UFSC, promovendo segurança alimentar, práticas sustentáveis e a valorização das culturas indígenas. A horta, além de um espaço de cultivo, simboliza a união entre tradição e inovação, destacando a força da colaboração em prol de um futuro mais inclusivo e sustentável.

 

Um pouco do que foi a construção da horta no alojamento indígena da UFSC em parceria dos estudantes e a CEPAGRO.

UFSC com as Aldeias marca presença na Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação da UFSC!

10/11/2024 18:30

 

UFSC com as aldeias e Laboratório BRIDGE

Nos dias 06, 07 e 08 de novembro, o projeto UFSC com as Aldeias esteve presente na 21° SEPEX – Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Este importante evento anual apresentou à comunidade externa à UFSC os projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos pela comunidade acadêmica.

 

 

O estande do projeto UFSC com as Aldeias atraiu visitantes interessados em conhecer mais sobre as parcerias com comunidades indígenas e as ações realizadas a fim de valorizar e preservar suas culturas, línguas e tradições.

A presença do projeto na SEPEX foi uma oportunidade única para aproximar o público das vivências e das ações do projeto nas aldeias indígenas, além de fazer uma exposição de fotos e atividades realizadas ao longo do ano, uma apresentação do projeto, pesquisas colaborativas e ações de extensão.

Agradecemos a todos que visitaram nosso estande e demonstraram apoio ao UFSC com as Aldeias. Seguimos juntos, promovendo a troca de conhecimentos e fortalecendo o compromisso com a diversidade e o respeito aos povos originários.

 

 

 

 

 

 

 

 

Cristhian Priprá/Estudante e Coordenador Indígena/UFSC

Woia Kriri Patté/Doutorando e Liderança Xokleng/UFSC

Daniel Castelan/Coordenador e Professor/UFSC

Ruilan Seabra/Estudante de Enfermagem/UFSC

 

 

#SEPEX #UFSCcomasAldeias #ExtensãoUFSC #CulturaIndígena

UFSC com as aldeias: Guias de cursos são entregues aos jovens indígenas

05/11/2024 17:04

O Projeto UFSC com as Aldeias da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou nos dia 01 de outubro a entrega de guias de cursos para os jovens indígenas que prestaram o vestibulares da UFSC. Os guias de cursos foram entregues na Escola Indígena de Educação Básica Laklãnõ localizada no estado de Santa Catarina, na Terra Indígena Laklãnõ, no Município de José Boiteux.

A ação faz parte do projeto “UFSC com as Aldeias”, que busca promover a inclusão e oportunidades para jovens indígenas, oferecendo acesso a educação de qualidade e estimulando o desenvolvimento das comunidades indígenas locais.

Os guias de curso entregues abordam uma introdução dos mais diversos cursos ofertados pela universidade Federal de Santa Catarina.

Como destacou o coordenador indígena do projeto, Cristhian Roberto Priprá, “A entrega desses guias são muito importantes. Queremos estabelecer uma parceria duradoura com as aldeias, proporcionando oportunidades de crescimento e desenvolvimento para esses jovens indígenas, facilitando e esclarecendo suas dúvidas em suas escolhas de curso”

Os beneficiados pela iniciativa demonstraram entusiasmo e gratidão. “Agora podemos saber mais sobre o curso que eu escolhi, que tem na UFSC”, disse o jovem indígena da aldeia Laklãnõ.

O projeto “UFSC com as Aldeias” também prevê a realização de atividades culturais e esportivas, visando fortalecer a identidade indígena e promover a integração entre as comunidades.

Fonte:

– UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

– PROEX – PROJETO UFSC COM AS ALDEIAS

– ESCOLA INDÍGENA DE EDUCAÇÃO BÁSICA LAKLÃNÕ

– TERRA INDÍGENA LAKLÃNÕ

 

Cristhian Priprá/Estudante e Coordenador Indígena/UFSC

Daniel Castelan/Coordenador e Professor/UFSC

Ruilan Seabra/Estudante de Enfermagem/UFSC

Tags: ufsccomasaldeias

Laboratório da Universidade doa computadores para o projeto ‘UFSC com as Aldeias’

20/06/2024 10:22

Com o objetivo de proporcionar o acesso à informação, o Laboratório Bridge da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), formalizou nesta quarta-feira, 12 de junho, a doação de seis computadores para o projeto UFSC com as Aldeias, programa que promove uma troca cultural entre os povos indígenas e a Universidade.

Os equipamentos serão destinados à escola Laklãnõ, em José Boiteux, que atende alunos desde o Ensino Fundamental ao Ensino Médio. A pró-reitora de extensão, Olga Zigelli, explica que um dos usos dos computadores é a criação de uma sala de informática para os estudantes, pois no local há somente dois computadores para uso de professores. Além disso, cadeiras também serão disponibilizadas pelo laboratório para a escola.

O projeto UFSC com as Aldeias é uma iniciativa que surgiu pela dificuldade de aproximação entre as atividades realizadas na Universidade e a comunidade indígena de Santa Catarina. Cristhian Pripra é um dos integrantes e líderes do projeto. Ele destaca a importância da doação aos estudantes na aldeia. “Os novos computadores farão a diferença, pois uma das ações do projeto é realizar as inscrições dos alunos no vestibular da UFSC. Assim, eles terão mais suporte e estrutura no momento da escolha”, diz Cristhian.

Atualmente, o projeto é coordenado pelo professor do curso de Relações Internacionais Daniel Castelan. O UFSC com as Aldeias integra o serviço Conexão com a Sociedade da Proex, coordenado pelo professor Alcides Milton da Silva, do Departamento de Saúde Pública. O projeto existe desde 2022 com ações de extensão que visam a inclusão, respeito e pertencimento dos indígenas na Universidade.

Notícia original: AGECOM <https://noticias.ufsc.br/2024/06/laboratorio-da-universidade-doa-computadores-para-o-projeto-ufsc-com-as-aldeias/>

Tags: UFSC com as aldeias

Amistoso de futebol reúne jovens Xokleng com a comunidade da UFSC

23/04/2024 17:02

Na semana de comemoração dos povos indígenas, professores, estudantes e ex-estudantes da UFSC visitaram o povo Xokleng e participaram de partida amistosa de futebol com indígenas da aldeia Coqueiro.

O evento foi proposto pelo professor do departamento de Economia da UFSC, Gueibi Peres de Souza, que é também atleta do clube de futebol Guará, que há mais de vinte anos reúne professores, estudantes e amigos da UFSC para promover a integração através do esporte. A partida aconteceu no dia 20 de abril de 2024, na aldeia Coqueiro, na Terra Indígena Laklãnõ-Xokleng.

A ideia de um amistoso foi realizada com o apoio do projeto UFSC com as Aldeias, do qual participa o estudante Djeimis Leoni Vomblé Patté Camlem, do povo Xokleng, e o professor Daniel Ricardo Castelan, que providenciaram a mediação entre as equipes de futebol e as lideranças da comunidade. Djeimis é um dos craques do povo Xokleng, e atualmente estuda Educação no Campo na UFSC. Junto com a estudante Suzani Gervásio, do povo Paritintim, e também Renan Zokin Morlo, Xokleng, os integrantes do projeto UFSC com as Aldeias mediaram o diálogo entre a comunidade e os atletas não-indígenas.

A viagem também contou com a presença da professora e diretora do CCJ Carolina Medeiros Bahia, diretora do Centro de Ciências Jurídicas da UFSC e companheira de um dos atletas, o advogado e mestre em direito Fábio Maia. Também integraram a equipe o professor em linguística, Heronides Moura, que já trabalhou com povos indígenas na Amazônia, e também do egresso da UFSC Luan Fisher, além de familiares dos atletas.

Na aldeia, os atletas foram recebidos pelo cacique da Aldeia Coqueiros, João Moklin Moconã. O cacique os convidou a participar das festividades comemorativas da semana dos povos indígenas. Ofereceu-lhes um farto almoço junto com a comunidade, em que puderam provar a bebida tradicional “Mog”. O Mog é preparado a partir da fermentação do mel e temperada com ingredientes típicos Xokleng, resultando em uma bebida fermentada, levemente adocicada e de sabor delicioso.

A receptividade dos Xokleng, e a alegria com que receberam os visitantes, contagiou quem esteve na aldeia pela primeira vez. O jogo terminou com o placar de 4 a 1 a favor dos Xokleng, que mostraram ser craques em campo. A ação foi mais um passo em direção da aproximação entre os Xokleng e não-indígenas, neste longo trabalho de reparação das injustiças que esse povo sofreu no passado, em direção a um futuro mais justo, pacífico e harmonioso.

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