Projeto UFSC com as Aldeias
 
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  • Protagonismo Indígena nesta 5° Edição do EREI-SUL – Encontro Regional dos Estudantes Indígenas da região Sul

    Publicado em 10/02/2025 às 19:24

    A 5ª edição do EREI-SUL foi um verdadeiro marco no fortalecimento da presença indígena nas universidades federais e na construção de um ambiente acadêmico mais inclusivo. Com a participação ativa de estudantes, lideranças, professores e membros da reitoria da UFSC, o evento reforçou a importância do diálogo, da valorização das culturas indígenas e do compromisso com a implementação de políticas públicas que atendam às necessidades dessas comunidades. Cada atividade, desde as exposições de artesanato até os debates e o desfile, mostrou que o EREI-SUL é, sem dúvida, um espaço fundamental de celebração, resistência e afirmação da identidade indígena.

    Neste Encontro Regional dos Estudantes Indígenas da Região Sul (EREI-SUL), realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), contou com uma linda cerimonia de abertura, realizada por estudantes indígenas e Lideranças, um evento de grande importância para o fortalecimento da presença indígena no meio acadêmico, a integração de diferentes expressões culturais e políticas foi uma das marcas mais importantes. Diversas atividades fizeram a diferença, reforçando o compromisso da universidade com a inclusão e valorização das culturas indígenas.

    Exposição de Artesanatos e as Riqueza das Tradições

    O evento contou com a ilustre presença da anciã e sua benção no evento, que começou maravilhosamente linda, com uma grande exposição de artesanatos indígenas, com peças que encantam pela diversidade e pelos significados culturais que carregam.

     

     

    Os visitantes puderam conferir desde trabalhos em madeira de animais talhados a mão, cestarias, bordados, cocas, colares e brincos, todos feitos à mão com técnicas ancestrais passadas de geração em geração.

    A venda de artesanato também aconteceu, além de apoiar a sustentabilidade das comunidades, foi também uma oportunidade de aprender sobre o cotidiano e as tradições indígenas de várias etnias.

     

     

     

     

     

     

    Debates sobre Políticas Públicas para Comunidades Acadêmicas Indígenas

    O espaço para debates foi outro ponto alto do EREI-SUL, com palestras sobre políticas públicas voltadas para a comunidade acadêmica indígena nas universidades federais, que envolviam a atuação das lideranças indígenas na implementação das politicas de ações afirmativas e a importância da presença da mesma durante o processo formativo de estudantes indígenas no contexto do ensino superior.

    A presença de representantes das universidades demonstrou interesse em ouvir e apoiar as necessidades dessas comunidades, tanto no que se refere à permanência nas universidades quanto ao respeito à sua cultura e identidade. As discussões abordaram temas como cotas, programas de assistência estudantil, apoio psicológico e a implementação de práticas culturais dentro do ambiente acadêmico, destacando as demandas urgentes para a inclusão real dos indígenas nas universidades.

    Reitoria da UFSC e Lideranças Indígenas: Diálogo e Respeito

    O evento contou com a presença da reitoria da UFSC, que marcou sua presença não só com palavras de incentivo, mas também com compromissos de estreitar o diálogo com as lideranças indígenas.

    Em uma mesa de diálogo entre reitoria e lideranças indígenas, houve uma troca rica de experiências, com as lideranças enfatizando as principais questões que afetam seus povos, como o acesso à educação superior e a preservação de suas culturas no ambiente acadêmico que envolveram o tema racismo, discriminação e o impacto do colonialismo sobre a saúde mental dos estudantes indígenas no contexto universitário e dos jovens indígenas dos territórios.

    Esse espaço foi fundamental para reforçar a importância do respeito mútuo e a construção de soluções conjuntas para os desafios enfrentados pelas comunidades indígenas nas universidades, que envolviam a luta das mães e pais indígenas universitários pela permanência e do direito das crianças em todos os espaços da universidade .

     

    Oficina de Grafismo: Arte como Expressão Cultural

    A oficina de grafismo foi outro momento emocionante do evento. Nela, os participantes puderam aprender sobre a arte tradicional indígena, conhecida por suas simbologias e significados profundos, que refletem a cosmovisão e as histórias de cada etnia.

     

     

     

     

     

     

     

    Os alunos e visitantes tiveram a oportunidade de se envolver com os processos criativos indígenas, produzindo grafismos inspirados na tradição, além de entender o impacto dessa arte para a preservação das memórias coletivas.

    O Desfile dos Indígenas, da Mais Bela e Mais Belo: Beleza e Cultura

    Com muita beleza e cultura, o desfile da “Indígena Mais Bela e do Indígena Mais Belo” foi um momento de celebração da identidade indígena, onde os participantes exibiram suas roupas tradicionais e se orgulharam de suas culturas, quebrando estereótipos e mostrando ao público a diversidade e a força dos povos indígenas.

     

     

     

    O evento não se tratou apenas de um desfile de moda, mas de uma reafirmação de orgulho e resistência, com os jovens participantes exaltando sua herança cultural, O evento também contou com apresentações de Artistas Indígenas que por fim fechando a programação com o espaço do fogo afim de trazer força e união da comunidade indígena, por seu significado profundo, sagrado do cotidiano, que envolve cura, celebração, purificação, sabedoria e renovação, símbolo da Força e Resistencia Indígena.

     

     


  • CEPAGRO e Estudantes Indígenas Inauguram Horta Sustentável no Alojamento Estudantil Indígena da UFSC

    Publicado em 21/12/2024 às 20:05

    Nesta quinta-feira(19) de Dezembro, foi realizada a construção de uma horta no alojamento indígena da UFSC em parceria com estudantes e a CEPAGRO – Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo. O esforço coletivo movimentou cerca de 1 tonelada de materiais que  incluem compostos e cepilho, além do plantio de mais de 100 mudas e sementes com muitas mãos trabalhando juntas.

           

     A iniciativa marca uma importante aproximação com os mais de 200 indígenas de diferentes territórios e etnias que hoje fazem parte da UFSC, promovendo segurança alimentar, práticas sustentáveis e a valorização das culturas indígenas. A horta, além de um espaço de cultivo, simboliza a união entre tradição e inovação, destacando a força da colaboração em prol de um futuro mais inclusivo e sustentável.

     

    Um pouco do que foi a construção da horta no alojamento indígena da UFSC em parceria dos estudantes e a CEPAGRO.


  • UFSC com as Aldeias marca presença na Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação da UFSC!

    Publicado em 10/11/2024 às 18:30

     

    UFSC com as aldeias e Laboratório BRIDGE

    Nos dias 06, 07 e 08 de novembro, o projeto UFSC com as Aldeias esteve presente na 21° SEPEX – Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Este importante evento anual apresentou à comunidade externa à UFSC os projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos pela comunidade acadêmica.

     

     

    O estande do projeto UFSC com as Aldeias atraiu visitantes interessados em conhecer mais sobre as parcerias com comunidades indígenas e as ações realizadas a fim de valorizar e preservar suas culturas, línguas e tradições.

    A presença do projeto na SEPEX foi uma oportunidade única para aproximar o público das vivências e das ações do projeto nas aldeias indígenas, além de fazer uma exposição de fotos e atividades realizadas ao longo do ano, uma apresentação do projeto, pesquisas colaborativas e ações de extensão.

    Agradecemos a todos que visitaram nosso estande e demonstraram apoio ao UFSC com as Aldeias. Seguimos juntos, promovendo a troca de conhecimentos e fortalecendo o compromisso com a diversidade e o respeito aos povos originários.

     

     

     

     

     

     

     

     

    Cristhian Priprá/Estudante e Coordenador Indígena/UFSC

    Woia Kriri Patté/Doutorando e Liderança Xokleng/UFSC

    Daniel Castelan/Coordenador e Professor/UFSC

    Ruilan Seabra/Estudante de Enfermagem/UFSC

     

     

    #SEPEX #UFSCcomasAldeias #ExtensãoUFSC #CulturaIndígena


  • UFSC com as aldeias: Guias de cursos são entregues aos jovens indígenas

    Publicado em 05/11/2024 às 17:04

    O Projeto UFSC com as Aldeias da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou nos dia 01 de outubro a entrega de guias de cursos para os jovens indígenas que prestaram o vestibulares da UFSC. Os guias de cursos foram entregues na Escola Indígena de Educação Básica Laklãnõ localizada no estado de Santa Catarina, na Terra Indígena Laklãnõ, no Município de José Boiteux.

    A ação faz parte do projeto “UFSC com as Aldeias”, que busca promover a inclusão e oportunidades para jovens indígenas, oferecendo acesso a educação de qualidade e estimulando o desenvolvimento das comunidades indígenas locais.

    Os guias de curso entregues abordam uma introdução dos mais diversos cursos ofertados pela universidade Federal de Santa Catarina.

    Como destacou o coordenador indígena do projeto, Cristhian Roberto Priprá, “A entrega desses guias são muito importantes. Queremos estabelecer uma parceria duradoura com as aldeias, proporcionando oportunidades de crescimento e desenvolvimento para esses jovens indígenas, facilitando e esclarecendo suas dúvidas em suas escolhas de curso”

    Os beneficiados pela iniciativa demonstraram entusiasmo e gratidão. “Agora podemos saber mais sobre o curso que eu escolhi, que tem na UFSC”, disse o jovem indígena da aldeia Laklãnõ.

    O projeto “UFSC com as Aldeias” também prevê a realização de atividades culturais e esportivas, visando fortalecer a identidade indígena e promover a integração entre as comunidades.

    Fonte:

    – UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    – PROEX – PROJETO UFSC COM AS ALDEIAS

    – ESCOLA INDÍGENA DE EDUCAÇÃO BÁSICA LAKLÃNÕ

    – TERRA INDÍGENA LAKLÃNÕ

     

    Cristhian Priprá/Estudante e Coordenador Indígena/UFSC

    Daniel Castelan/Coordenador e Professor/UFSC

    Ruilan Seabra/Estudante de Enfermagem/UFSC


  • Artesanato Kaigang e o respeito à natureza

    Publicado em 17/05/2024 às 09:12

    Toda quarta-feira, na feirinha, o artesão e cacique Sadraque, que também é considerado guardião da sabedoria tradicional e Ancestral do seu povo Kaigang, dedica um momento para encontrar a comunidade da UFSC e compartilhar sua cultura e conhecimento.

    Nesta quarta, o coordenador do projeto UFSC com as Aldeias, professor Daniel Ricardo Castelan, visitou o cacique para apresentá-lo ao seu amigo Gueibi, que iniciou sua caminhada de aprender com os indígenas. Lá encontraram Laura Paritintim, grande liderança estudantil indígena, que se tornou uma amiga do coordenador e do projeto.

    Cacique Sadraque recebe o professor Gueibi

    Na visita, o cacique Sadraque explicou que o artesanato tem um significado cultural muito profundo: “o artesanato ensina que é possível receber da natureza, da mãe-terra e do pai deus, o presente do alimento e da vida, sem precisar matá-la pra isso”.

    O cacique contou uma história de como seu povo Kaigang faz o artesanato: “Antes de ir colher bambu, a gente pede licença, porque é a terra que oferece o alimento, o sustento, a vida. Como uma mãe nos oferece o leite, a terra nos oferece o bambu. Com a licença da mãe terra e do pai, nosso deus, nós vamos colher. E assim em retribuição cuidamos do bambu, fertilizamos, porque é um presente e um cuidado com a gente, nos dá vida. Então nós fazemos o manejo da árvore quando colhemos e com isso ela cresce e nos oferece seus frutos”.

    Com as palavras do cacique Sadraque, os visitantes compreenderam que o artesanato mantém vivo no povo indígena um respeito muito grande pela natureza, que a preserva. Sadraque contou que a semente de Pau Brasil, que ele usa em seus colares, é colhida de uma árvore no bairro do Estreito, que ele conheceu aos 9 anos de idade, por intermédio da sua vó. Hoje ela tem 107 anos, mora no território indígena em Xanxerê. A árvore traz a lembrança da vó, então é uma amiga. Com isso, Sadraque ensina que não é preciso matar a natureza, fabricar tanto objeto, porque a natureza é um presente de quem a criou.

    Gueibi saiu encantado pelo encontro. Mostrava alegria em seu rosto. Levou um cesto para presentear sua mãe. O cacique explicou o significado do desenho no cesto: “Um dos símbolos, o Kamé, representa o sol. O outro, Kairu, representa a lua.” Sadraque explicou que no seu povo, cada família tem um símbolo – alguns são Kamé, outros são Kairu. Os casamentos nunca acontecem entre dois Kamés ou dois Kairus. O coordenador do projeto UFSC com as Aldeias, professor Daniel, compartilhou as reflexões que a conversa despertou: “se o céu tivesse dois sol, não ia ter sombra pra descansar. Sol reveza com a lua. Juntar Kamé com Kairu une as famílias, festeja a união escrevendo seus nomes no artesanato, e assim costura a paz entre as famílias e no povo”. No cesto que Gueibi comprou para sua mãe, Kamé e Kairu estão juntos. “É um cesto de amor”, riu Sadraque.

    Compartilhamos aqui o vídeo com ensinamentos do cacique Sadraque



  • COP30: Ministério dos Povos Indígenas seleciona estudante da UFSC para curso de lideranças

    Publicado em 07/01/2025 às 11:18

    O estudante do curso de Relações Internacionais da UFSC e integrante do projeto UFSC com as Aldeias, Eliel Ukan Patté Camlem, foi selecionado pelo Ministério dos Povos Indígenas do governo federal para participar do programa Kuntari Katu: Líderes Indígenas na Política Global. O primeiro módulo do programa ocorreu presencialmente em Brasília nos dias 11 a 14 de setembro de 2024, no Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores.

    O Ministério selecionou 30 representantes de povos indígenas entre centenas de candidatos para participar de um curso formativo de lideranças para atuar na 30ª Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025.

    Fruto de parceria do Ministério dos Povos Indígenas com o Ministério de Relações Exteriores e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Programa foi lançado em agosto na 2ª Reunião do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI), realizado no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Kuntari Katu é uma expressão que significa “aquele que fala bem”.

    Eliel é estudante do curso de Relações Internacionais da UFSC, do povo Xokleng Laklãnõ. Eliel tem se destacado por sua participação em projetos de pesquisa e extensão no curso e na coordenação do Centro Acadêmico de Relações Internacionais, além de ser membro do Conselho Universitário e do Movimento Maloca UFSC. Eliel é o primeiro estudante indígena do curso de Relações Internacionais e pretende ser o primeiro diplomata indígena do Brasil.

    Saiba mais sobre o programa Kuntari Katu

    Fonte: Notícia original: Noticias UFSC, disponível em <https://noticias.ufsc.br/tags/ministerio-dos-povos-indigenas/>


  • Projeto UFSC com a Aldeia realiza 1° missão com o povo Laklãnõ/Xokleng

    Publicado em 23/08/2024 às 14:30

    Foto: Ariclenes Patté

    O projeto UFSC com a Aldeia nasceu como uma forma de aproximação da Universidade Federal de Santa Catarina com as comunidades indígenas do estado. Idealizado por uma comissão de estudantes indígenas da UFSC, em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão (Proex), o projeto tem como objetivo trocar experiências e realizar missões em diversas aldeias, gerando diálogo e reciprocidade com o povo indígena.

    A primeira missão do projeto aconteceu entre 24 e 26 de novembro na terra indígena do povo Laklãnõ/Xokleng, localizada entre os municípios de José Boiteux, Vitor Meireles, Doutor Pedrinho e Itaiópolis. Na última quinta (24), dez estudantes da UFSC – nove indígenas e uma não indígena –, acompanhados de três professores, saíram do campus Trindade rumo ao território Laklãnõ/Xokleng. Nesta primeira viagem, foram realizadas diversas atividades, como visitas às aldeias da T.I Laklãnõ e antigas escolas das comunidades. Além disso, destacam-se as conversas com as lideranças e com os anciãos da Aldeia Palmeira e com os estudantes da escola Laklãnõ, localizada na Aldeia Plipatol.

    O estudante indígena do povo Xokleng Cristhian Roberto, graduando em Licenciatura em Educação do Campo e um dos pioneiros do projeto, dividiu com o estudante do povo Xokleng Eliton Weitcha, que cursa Antropologia, os primeiros passos do surgimento da ação. “Tivemos essa ideia, após observarmos uma demanda muito grande de estudantes indígenas que vêm para a universidade e, por não conhecerem os cursos, acabam tendo diversas dificuldades, fazendo dois ou três semestres e desistindo. Então a proposta principal é mostrar de fato a realidade dos cursos, da UFSC, e também a luta dos estudantes indígenas”, explica Cristhian.

    Para um dos integrantes da delegação, Eliel Camlem, participar da missão também é uma forma de fazer uma ponte entre as comunidades indígenas do estado e a universidade. “É muito importante que nós, estudantes indígenas, levemos nosso conhecimento e visão da universidade aos alunos e à comunidade. E também que a gente traga para a universidade os conhecimentos adquiridos na aldeia. Assim, evitaremos um pouco o choque cultural e as dificuldades que temos ao ingressar na universidade”, acrescenta o estudante de Relações Internacionais.

    O professor Daniel Castelan, titular no departamento de Relações Internacionais da UFSC, foi escolhido no início da estruturação do projeto como coordenador responsável pelos estudantes indígenas participantes. Segundo Daniel, sua participação o motivou a aprender mais sobre os povos indígenas, aprimorando também seu desempenho lecionando em sala de aula. “Me sinto na missão de colocar a UFSC para reparar a história sofrida dos povos originários. Este contato foi muito importante para a permanência dos estudantes indígenas na universidade, pois percebi que quando os indígenas saem da aldeia, eles têm como dever levar adiante o trabalho do seu povo”, finaliza o docente.

    Para a pró-reitora de Extensão, Olga Regina Zigelli Garcia, o projeto representa não só uma forma de levar a universidade para a aldeia, mas também um meio de troca e aprendizados para estudantes, coordenadores e gestão universitária. “Esse projeto vem ao encontro das diretrizes da extensão universitária, o que pressupõe a interação dialógica, pautada na interdisciplinaridade, com propósitos de transformação social, e na formação do estudante sempre em prol de um mundo melhor”, conta ela. O projeto prevê ainda mais viagens em 2023 para as demais comunidades indígenas de Santa Catarina.

                           

     Foto: Vinícius Camlem         Foto: Ariclenes Patté           Foto: Vinícius Camlem


    Ariclenes Patté/estudante de Jornalismo/UFSC
    Giulia Rabello/estagiária de Jornalismo da Agecom/UFSC


  • Laboratório da Universidade doa computadores para o projeto ‘UFSC com as Aldeias’

    Publicado em 20/06/2024 às 10:22

    Com o objetivo de proporcionar o acesso à informação, o Laboratório Bridge da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), formalizou nesta quarta-feira, 12 de junho, a doação de seis computadores para o projeto UFSC com as Aldeias, programa que promove uma troca cultural entre os povos indígenas e a Universidade.

    Os equipamentos serão destinados à escola Laklãnõ, em José Boiteux, que atende alunos desde o Ensino Fundamental ao Ensino Médio. A pró-reitora de extensão, Olga Zigelli, explica que um dos usos dos computadores é a criação de uma sala de informática para os estudantes, pois no local há somente dois computadores para uso de professores. Além disso, cadeiras também serão disponibilizadas pelo laboratório para a escola.

    O projeto UFSC com as Aldeias é uma iniciativa que surgiu pela dificuldade de aproximação entre as atividades realizadas na Universidade e a comunidade indígena de Santa Catarina. Cristhian Pripra é um dos integrantes e líderes do projeto. Ele destaca a importância da doação aos estudantes na aldeia. “Os novos computadores farão a diferença, pois uma das ações do projeto é realizar as inscrições dos alunos no vestibular da UFSC. Assim, eles terão mais suporte e estrutura no momento da escolha”, diz Cristhian.

    Atualmente, o projeto é coordenado pelo professor do curso de Relações Internacionais Daniel Castelan. O UFSC com as Aldeias integra o serviço Conexão com a Sociedade da Proex, coordenado pelo professor Alcides Milton da Silva, do Departamento de Saúde Pública. O projeto existe desde 2022 com ações de extensão que visam a inclusão, respeito e pertencimento dos indígenas na Universidade.

    Notícia original: AGECOM <https://noticias.ufsc.br/2024/06/laboratorio-da-universidade-doa-computadores-para-o-projeto-ufsc-com-as-aldeias/>


  • Amistoso de futebol reúne jovens Xokleng com a comunidade da UFSC

    Publicado em 23/04/2024 às 17:02

    Na semana de comemoração dos povos indígenas, professores, estudantes e ex-estudantes da UFSC visitaram o povo Xokleng e participaram de partida amistosa de futebol com indígenas da aldeia Coqueiro.

    O evento foi proposto pelo professor do departamento de Economia da UFSC, Gueibi Peres de Souza, que é também atleta do clube de futebol Guará, que há mais de vinte anos reúne professores, estudantes e amigos da UFSC para promover a integração através do esporte. A partida aconteceu no dia 20 de abril de 2024, na aldeia Coqueiro, na Terra Indígena Laklãnõ-Xokleng.

    A ideia de um amistoso foi realizada com o apoio do projeto UFSC com as Aldeias, do qual participa o estudante Djeimis Leoni Vomblé Patté Camlem, do povo Xokleng, e o professor Daniel Ricardo Castelan, que providenciaram a mediação entre as equipes de futebol e as lideranças da comunidade. Djeimis é um dos craques do povo Xokleng, e atualmente estuda Educação no Campo na UFSC. Junto com a estudante Suzani Gervásio, do povo Paritintim, e também Renan Zokin Morlo, Xokleng, os integrantes do projeto UFSC com as Aldeias mediaram o diálogo entre a comunidade e os atletas não-indígenas.

    A viagem também contou com a presença da professora e diretora do CCJ Carolina Medeiros Bahia, diretora do Centro de Ciências Jurídicas da UFSC e companheira de um dos atletas, o advogado e mestre em direito Fábio Maia. Também integraram a equipe o professor em linguística, Heronides Moura, que já trabalhou com povos indígenas na Amazônia, e também do egresso da UFSC Luan Fisher, além de familiares dos atletas.

    Na aldeia, os atletas foram recebidos pelo cacique da Aldeia Coqueiros, João Moklin Moconã. O cacique os convidou a participar das festividades comemorativas da semana dos povos indígenas. Ofereceu-lhes um farto almoço junto com a comunidade, em que puderam provar a bebida tradicional “Mog”. O Mog é preparado a partir da fermentação do mel e temperada com ingredientes típicos Xokleng, resultando em uma bebida fermentada, levemente adocicada e de sabor delicioso.

    A receptividade dos Xokleng, e a alegria com que receberam os visitantes, contagiou quem esteve na aldeia pela primeira vez. O jogo terminou com o placar de 4 a 1 a favor dos Xokleng, que mostraram ser craques em campo. A ação foi mais um passo em direção da aproximação entre os Xokleng e não-indígenas, neste longo trabalho de reparação das injustiças que esse povo sofreu no passado, em direção a um futuro mais justo, pacífico e harmonioso.


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